NOTÍCIAS
LA NEGRA SE CALLA

BUENOS AIRES - Milhares se despediram da lendária cantora argentina Mercedes Sosa, que faleceu neste domingo, aos 74 anos, após permanecer internada por mais de duas semanas com problemas no fígado e nos rins, segundo familiares. O corpo da cantora será velado no Congresso argentino até o meio-dia de segunda-feira, dia 5, e posteriormente será cremado em uma cerimônia íntima. Segundo a família, seus restos serão cremados e as cinzas, espalhadas na cidade natal de Tucumán, em Mendoza e Buenos Aires.

Mercedes Sosa ficou conhecida por canções como "Gracias a la Vida" e "Si se Calla el Cantor". O último álbum da artista, "Cantora 1", foi indicado para concorrer em três categorias na premiação do Grammy Latino em Las Vegas no mês que vem, entre elas a de álbum do ano.

Carinhosamente apelidada de "La Negra" pelos fãs, Sosa nasceu em 9 de julho de 1935 na província argentina de Tucumã, no noroeste do país, e começou sua carreira aos 15 anos, após participar de um concurso de uma rádio local com o pseudônimo de "Gladys Osorio". Sosa destacou-se e conseguiu um contrato de dois meses com a emissora. "Eu não escolhi cantar para as pessoas", afirmou a artista em uma entrevista recente. "A vida me escolheu para cantar".

Por volta da década de 1970, ela foi reconhecida como uma das cantoras que impulsionou o Movimento do Novo Cancioneiro, que tinha inspiração social e incorporava nas músicas críticas aos governos ditatoriais da América Latina.

A proximidade da cantora com movimentos comunistas e o apoio a partidos de esquerda atraiu a atenção e a censura do governo argentino e, em 1979 - um ano após ficar viúva do segundo marido -, Sosa foi presa juntamente com um público de aproximadamente 200 estudantes durante uma apresentação na cidade de La Plata.

"Eu lembro quando me levaram presa", disse Sosa no final de 2007. "Eu estava cantando para universitários que estavam no último ano de Veterinária. Não era político". Ela foi libertada 18 horas depois, após o pagamento de fiança e devido à pressão internacional, mas foi obrigada a deixar a Argentina. "Eu sabia que teria de sair. Estava sendo ameaçada pela AAA (o esquadrão da morte Aliança Anticomunista Argentina). As pessoas da marinha, do serviço secreto estavam me seguindo."

Sosa viajou para a Espanha e depois para a França. O diretor musical da cantora, Popi Spatocco, disse que o exílio foi excessivamente difícil para uma mulher que amava a Argentina. Sosa voltou para casa apenas em 1982, nos meses finais do regime ditatorial.

No ano seguinte, ela lançou o álbum "Mercedes Sosa", que contém alguns de seus maiores sucessos: "Un Son para Portinari", "Maria Maria" e "Inconsciente Colectivo", de Charly Garcia; "La Maza" e "Unicornio", de Silvio Rodriguez; "Corazón Maldito", de Violeta Parra; e "Me Yoy pa'l Mollar", em parceria com Margarita Palacios.

Sosa teve três de seus discos considerados os melhores álbuns de Folk na premiação da Grammy Latino - "Misa Criolla", em 2000, "Acustico", em 2003, e "Corazón Libre", em 2006. Ela também atuou em filmes como "El Santo de la Espada", sobre o herói da independência argentina, José de San Martin. A cantora gravou mais de 70 discos, sendo o mais recente um álbum duplo.

estadao.com.br





MOENDA DA CANÇÃO

A emoção deu o tom da 23ª Moenda

Luciana Fagundes *

Não canso de repetir, a Moenda é o festival mais querido do nosso Estado. Acompanhei todas as edições, de perto ou de longe, torcendo pelos amigos, irmãos de sangue ou de vida. Foi no palco da Moenda que acompanhei novos e grandes talentos sendo revelados, assisti shows inesquecíveis e me emocionei diversas vezes com a qualidade musical do espetáculo. Isto sem falar do carinho que a população de Santo Antônio da Patrulha despeja sobre nós, visitantes por três ou quatro dias por ano.

Nesta 23ª edição, o “festival sem fronteiras” deu mais um passo para honrar o slogan. Proporcionou a transmissão em tempo real, pela internet, direto no site do festival. Mais uma vez a Moenda inova chegando mais perto do público que não pôde estar presente. E por falar em inovação, a música instrumental fez a sua estréia na Moenda como concorrente. E que estréia! Renato Müller, o Renatinho, filho de Santo Antônio da Patrulha, levou o público ao delírio com a composição Garatuja. O nome da música refere-se aos primeiros rabiscos de um desenhista e, neste caso, a primeira música composta por este jovem e talentoso acordeonista. Premiado como melhor instrumentista do festival, Renato voltou para casa com um troféu ainda mais valioso, o de ter aberto os caminhos da renovação com a inclusão da música instrumental, não em uma categoria específica, mas ali, junto a todas as outras composições, concorrendo de igual para igual como deve ser.


A diversidade musical, outra marca da Moenda, esteve presente ainda na variedade de ritmos e estilos. A chamarra Regalo ao Meu Sombreiro interpretada por Cristiano Quevedo e Ângelo Franco foi o destaque gaudério do festival. A música foi recebida com o maior carinho pelo público atingindo em cheio o peito do cantor Ângelo Franco, representante da nova geração de compositores e intérpretes gaúchos. Na noite da final, Ângelo desceu do palco visivelmente emocionado. Também pudera, final da Moenda é assim, e o Ângelo não foi o único a estravasar a emoção de interpretar. Luka, cantora de Porto Alegre radicada no Rio de Janeiro, melhor intérprete da Moenda com a música Só o que o coração sangrar, só pôde ser cumprimentada pela ótima performance depois de alguns minutos, já recuperada e plenamente satisfeita com o resultado da estréia no festival.


E o que dizer da homenagem à Plauto Cruz... Pura emoção no reconhecimento a este músico fantástico que é parte da cultura e da história dos festivais. Nos camarins, Plauto esbanjou bom humor do alto de seus quase 80 anos, recordando momentos especiais da sua tragetória com os colegas veteranos e novatos. No palco, acompanhado do amigo Beto Bollo ao violão mais parecia um menino soprando a flauta com a delicadeza genial de sempre.


A grande vencedora, Eu e o João de Barro, deixou a sua marca na moda de viola cantada em dupla no melhor estilo regional brasileiro. Mas venceram todos: cantores, instrumentistas, coordenação e público. Todos que de alguma forma contribuíram para que a Moenda acontecesse estão de parabéns. E que venha a 24ª edição trazendo ainda mais novidades e emoções. Até lá!


(...) Olha lá, o resultado ta aí
tem gente que chora
tem gente que chora de rir
não dá bola é loucura normal
porque é festival!
(Música O Festival – 11ª Moenda – Fernando Corona)


* Jornalista e produtora cultural


--
Luciana Fagundes
fagundes.luciana5@gmail.com



Confira as vencedoras da Moenda da Canção 2009:
- 1° lugar - Eu e João de Barro (Paulo Ricardo Costa e Emerson Martins)
- 2° lugar - Só o que o Coração Sangrar (Duca Duarte)
- Melhor Arranjo - Só o que o Coração Sangrar (Duca Duarte)
- Melhor Letra - Herança de Paixão (Tadeu Martins e Airton Pimentel)
- Melhor instrumentista - Renato Muller (gaita) na instrumental Garatuja
- Melhor intérprete - Luka, em Só o que o coração sangrar
- Melhor visual de palco - Voando baixo
- Melhor musica na opinião do publico - Eu e o João de Barro (Paulo Ricardo Costa e
Emerson Martins)


-------------------------------------------------------------------


FESTIVAL DE CINEMA DE GRAMADO

RENATO MULLER E ANDRÉ TRENTO RECEBEM QUIQUITO DE MELHOR TRILHA SONORA, NO FILME EM TEU NOME.


Veja agora a lista dos ganhadores do 37º Festival de Cinema de Gramado, encerrado sábado, 15 de agosto:
Longa-metragem brasileiro:
Melhor Filme: Corumbiara, de Vincent Carelli
Melhor Diretor: Vincent Carelli, por Corumbiara; e Paulo Nascimento, por Em Teu Nome
Melhor Ator: Leonardo Machado, por Em Teu Nome
Melhor Atriz: Vivianne Pasmanter, por Quase Um Tango
Melhor Roteiro: Sérgio Silva, por Quase Um Tango
Melhor Fotografia: Kátia Coelho, por Corpos Celestes
Prêmio Especial do Júri: Em Teu Nome, de Paulo Nascimento
Melhor Diretor de Arte: Fábio Delduque, por Canção de Baal
Melhor Trilha Musical: André Trento e Renato Müller, por Em Teu Nome
Prêmio da Crítica: Canção de Baal, de Helena Ignez
Melhor Filme do Júri Popular: Corumbiara, de Vincent Carelli
Melhor Filme do Júri de Estudantes de Cinema: Corumbiara, de Vincent Carelli
Melhor Montagem: Mari Corrêa, por Corumbiara

Longa-metragem estrangeiro:
Melhor Filme: La Teta Asustada, de Claudia Llosa
Melhor Diretor: Claudia Llosa, por La Teta Asustada
Melhor Ator: Horácio Camandule, por Gigante, e Matías Maldonado, por Nochebuena
Melhor Atriz: Magaly Solier, de La Teta Asustada
Melhor Roteiro: Adrián Biniez, por Gigante
Melhor Fotografia: Guillermo Nieto, por Lluvia
Prêmio Especial do Júri: La Próxima Estación, de Fernando Solanas
Prêmio da Crítica: Gigante, de Adrián Biniez
Melhor Filme do Júri Popular: Lluvia, de Paula Hernández
Melhor Filme do Júri de Estudantes de Cinema: La Teta Asustada, de Claudia Llosa

Curta-metragem:
Melhor Filme: Teresa, de Paula Szutan e Renata Terra
Melhor Diretor: Paula Szutan e Renata Terra, por Teresa
Melhor Ator: Miguel Ramos, por A Invasão do Alegrete
Melhor Atriz: Juliana Carneiro da Cunha, por O Teu Sorriso
Melhor Roteiro: Davi Pires e Diego Müller, por A Invasão do Alegrete
Melhor Fotografia: André Luiz de Luiz, por Ernesto no País do Futebol
Prêmio Especial do Júri: Olhos de Ressaca, de Petra Costa
Melhor Diretor de Arte: Diogo Viegas, por Josué e o Pé de Macaxeira
Melhor Trilha Musical: Leonardo Mendes, por Josué e o Pé de Macaxeira
Melhor Montagem: Gustavo Ribeiro, por Teresa
Prêmio da Crítica: O Teu Sorriso, de Pedro Freire
Melhor Filme do Júri Popular: Josué e o Pé de Macaxeira, de Diogo Viegas
Melhor Filme do Júri de Estudantes de Cinema: Olhos de Ressaca, de Petra Costa

Mostra gaúcha:
Melhor Filme: De Volta ao Quarto 666, de Gustavo Spolidoro
Melhor Direção: Leonardo Remor, por Sobre um Dia Qualquer
Melhor Ator: Nelson Diniz, por Quiropterofobia
Melhor Atriz: Sissi Venturin, por Sobre um Dia Qualquer
Melhor Roteiro: Davi Pires e Diego Müller, por A Invasão do Alegrete
Melhor Fotografia: Matheus Massochini, por Sobre um Dia Qualquer
Melhor Direção de Arte: Guilherme Pacheco, por Sobre um Dia Qualquer
Melhor Música: Sérgio Rojas, por Jogo do Osso
Melhor Montagem: Marcos Lopes, por Sobre um Dia Qualquer
Melhor Edição de Som: Cristiano Scherer, por Livros no Quintal
Melhor Produtor/Produtor Executivo: Regina Martins, por Mapa-Múndi


JORGE GUEDES E FAMILIA CANTA NO SIMPÓSIO INTERNACIONAL - MUDANÇAS CLIMÁTICAS E JUSTIÇA SOCIAL.



Nos dias 08 a 10 de junho em Brasilia aconteçeu o simpósio Internacional de Mudanças Climáticas e Justiça Social organizado pela CNBB. O encontrou debateu sobre o quadro atual climático e as projeções do meio ambiente. No dia 09, duarante o Simpósio, JORGE GUEDES E FAMÍLIA realizaram o shows na CCJ ( Centro Cultural Jusuita) para mais de 1.000 pessoas de todo o mundo. Além disto, foram gravados mais de três programas de TV " VIDA NO SUL" que serão veiculados em cadeia nacional pela TV Educativa do Paraná e TV Aparecida.

Texto: Magali de Rossi.

____________________________________________________________________

A Acttus lança SITE de GILBERTO MONTEIRO - www.gilbertomonteiro.com



No dia 4 de Maio a Acttus produtora coloca no ar o site www.gilbertomontero.com. Este site foi criado para apresentar ao publico nacional e internacional a obra e um pouco da vida de Gilberto Monteiro.
Nesta página você encontra vídeos, fotos, a trajetória e os contatos de Gilberto Monteiro .


O MUNDO TOCA GILBERTO MONTEIRO. Desde a simples criança com seus pequenos dedos a deslizarem nos botões da gaita ou então os mais renomados músicos que o universo produziu. Você esta convidado a conhecer um pouco mais deste ser humano Gilberto Monteiro que traz consigo a pureza da alma e a beleza da música.


ACESSE! www.gilbertomonteiro.com






Vencedores do Prêmio Açorianos de Música

O projeto Buenas e M´espalho,Marcello Caminha e Luiz Carlos Borges destacaram-se entre os artistas nativistas indicados ao 18º Prêmio Açorianos de Música: cada um recebeu duas premiações!

Os vencedores foram conhecidos no final da noite desta terça-feira (28), no Theatro São Pedro, em Porto Alegre, em festa que homenageou o músico Bebeto Alves e destacou a produção musical do Estado em 2008.


GÊNERO REGIONAL:

Compositor - Luiz Carlos Borges
Intérprete - Vanessa de Maria
Instrumentista - Felipe Avares (Buenas e M´espalho)
Disco - Buenas e M´espalho


GÊNERO INSTRUMENTAL
Compositor - Marcello Caminha
Intérprete - Rodrigo Nassif
Disco - Pampa Y Piano (Bethy Krieger)
Instrumentista - Marcello Caminha
PROJETO GRÁFICO
André Coelho - Influência (Marcello Caminha)


ARRANJADOR
Luiz Carlos Borges e Leandro Rodrigues - Itinerário de Rosa (Luiz Carlos Borges)


DEMAIS GÊNEROS/CATEGORIAS:

Erudito:
Compositor - Fernando Mattos
Intérprete - Ângela Diehl
Instrumentista - Rodrigo Andrade Silveira
Disco - Convergências (Rodrigo Andrade Silveira)

Pop/Rock:
Compositor - Pedro Metz (banda Pública)
Intérprete - Wander Wildner
Instrumentista - Jimi Joe
Disco - Como Num Filme Sem Fim (banda Pública)

MPB:
Compositor - Bebeto Alves
Intérprete - Vanessa Longoni
Instrumentista - Angelo Primon
Disco - A Mulher de Oslo (Vanessa Longoni)

Rap:
Compositor - Nego Prego
Intérprete - Nego Prego
Instrumentista - DJ Madruga
Disco - A Máfia dos Meninos (Nego Prego)

Blues/Jazz:
Compositor - Carlos Badia e Roberto Callage (Delicatessen)
Intérprete - Ana Krüger (Delicatessen)
Instrumentista - Carlos Badia
Disco - My Baby Just Cares For Me (Delicatessen)

Espetáculo:
Beatles Magical Classical Tour (Orquestra de Câmara da Ulbra)

DVD:
Da Guedes Acústico - Da Guedes

Projeto Gráfico:
André Coelho - Influência (Marcello Caminha)

Produtor Executivo:
Yanto Laitano - Convergências (Rodrigo Andrade Silveira)

Produtor Musical:
Arthur de Faria - A Mulher de Oslo (Vanessa Longoni)

Revelação:
Leandro Maia - Palavreio

Disco Infantil:
Opereta Pé de Pilão - Kiko Ferraz e Cláudio Levitan

Disco do Ano:
Como Num Filme Sem Fim - banda Pública







Janice Martins recebe Prêmio Sérgio Motta

A artista tem portfólio selecionado no Territórios Recombinantes SC do Prêmio Sérgio Motta. Portfolio/TR/PSM

Janice Martins… lááá do Sul direto para o TR!
out 24th, 2008 by Paloma

Videasta que explora a linguagem do vídeo a levando para outras confluências (como performance, intervenção urbana, documentário e novos suportes). Como ela mesma diz (e que achei lindo… um retrato poético bem feminino que se relaciona com o mais feminino de todos…): são muitas as Janices que habitam em Janice… Janices que se intercruzam e se multiplicam o tempo todos…
Expondo sua visão delicada e poética sobre vida e arte (sem abrir mão de críticas ferozes, contestadora como todo bom artista), ela gentilmente cedeu uma entrevista aqui para o blog (que, confesso, não consegui editar muito, um texto fluido que prendeu a minha atenção! então segue, na íntegra, para que se prendam, assim como eu):


UM POUCO SOBRE JANICE MARTINS
Vídeo começa pra mim no sistema das artes visuais como um upgrade da TV (ha, ha, ha, isso mesmo!) e possibilidade de interação entre obra e público, isso em 1998… sou muito flexível, trabalho com dinamismo e não costumo fechar meu trabalho em uma possibilidade só. Fui então, pegando gosto pelas possibilidades do vídeo e usando como linguagem e ferramenta para minhas outras áreas de atuação (Janice atua intensamente em diversos trabalhos sociais)… A exigência do vídeo sempre foi minha, pois meu foco é com certeza o desenvolvimento da minha carreira artística, e com o vídeo eu me sentia presa a este foco mesmo estando em outros lugares ou trabalhando. As coisas estão sempre mudando, renovando, mas é preciso ter crítica. Sou sim o fruto da criatividade que me abrange, mas não sobrevivo sem as trocas com o mundo, sem a comunicação com o meio e as respostas e estímulos que me propõem. Isso justifica minha inserção no sistema, não hesito em participar de festivais, seleções, exposições, movimentos, universidade, circuito. Meus dois últimos anos foram marcados por uma liberdade de expressão e de atuação no vídeo documentário. Mas note bem, não sou jornalista, não faço reportagens, sou uma artista plástica e entendo o documentário como uma visão poética do olhar sobre a realidade. Entendo que esta poética encontra-se na sutileza de certos momentos que são reais que poderiam ser um fantasia. Cenas do real que podem ser perpetuadas, o vídeo faz isso e a câmera tenta ver o que meu olho pensa em enxergar. Vem daí os trabalhos Fale com Ela, Expresso do Rock, Compositor e a minha participação no projeto Essa Poa é Boa, que recebeu o Prêmio Açorianos 2008. Nesta proposta, como artista do grupo Navegantes, realizo o documentário como obra. Posso ? Sim, eu posso. Documentei toda montagem, a mostra e a desmontagem. O documentário será lançado na abertura da segunda edição do Essa Poa é Boa em 2009.
Oscilo entre a academia e o circuito underground. Componho minha personalidade e minha atuação na articulação dos mundos em que vivo. Atualmente estudo no CEART da UDESC/SC, no curso de Mestrado em Processos Criativos em Artes Visuais e faço uma única disciplina, Artes imersivas: interfaces e implicaçõesestéticas e políticas com a professora Dra.Yara Guasque, que esteve presente no primeiro dia do TR em Florianópolis. Eu vim de Porto Alegre, onde fiz bacharelado em Artes Plásticas pela UFRGS, fui bolsista em diferentes projetos, nunca me desvinculei da Universidade, o que me deu a retórica quanto aos conceitos em arte, mas nunca abri mão de projetar meu trabalho na rua, no pátio da minha casa, de viver a experiência que me invade independente de qualquer redoma institucional em que eu me encontre. Sou sempre artista em todos os lugares.

EXPLORANDO OS DIVERSOS ESPAÇOS
Meu trabalho me leva para exploração do espaço. Espaço ? Sim, eu já atravessei uma década e o espaço para mim foi da galeria para a rua, do real ao virtual. As paredes já foram um lugar e agora, um http é um espaço para mim. O vídeo é minha forma de poder entrar neste complexo tecnológico, que começa e termina pela experiência ou o devir artístico e que circula pelos meios invasivos e expansivos da rede. Coloquei no material que enviei ao TR: ” Pretendo, porém, esboçar novaspossibilidades de uso do vídeo e da projeção como possibilidades de acrescentarnovas tecnologias ao desenvolvimentodo meu trabalho, em meu olhar e no pensar de possibilidades estéticas, junto ao aperfeiçoamento técnico. Que eu possa expandir a imagem para outros suportes e formas de olhar, assim como percepções mais imersivas etecnológicas.” Então, quero avançar em meu trabalho e dar seguimento a esta trajetória. Na minha equação encontro os fatores: vídeo, corpo, cotidiano. Posso te dizer que o cotidiano é tudo aquilo que fala da sociedade em que vivemos, seja pelo ponto de vista singular á cada um e isto acontece quando foco uma cena de um ser, um indivíduo e mesmo assim, as pessoas se vêem nele. Posso ainda falar dessa sociedade em que vivemos sem panfletear nada, apenas vivendo e dialogando com este meio em que vivo. Quando acoplo a câmera em meu corpo e saio pelas ruas, ou quando filmo meu dia-a-dia em casa, estou abrindo um canal de comunicação e de deleite com o universo que me cerca. Haveria aí algo do Romantismo em que o artista contempla a natureza e o meio em que vive e sente que sua permanência é decidida pelo poder de apontar o belo, naquilo que mais tarde culminará no conceito de estética. Sob um ponto de vista pós modernista, sou fruto de uma mistura entre artistas que pesquisam e desenvolvem a arte pós Duchamp: vídeo + performance + site especific, já que coisas, lugares e espaços são a obra do artista.Para fugir de qualquer classificação, posso te dizer o que escrevi no material sobre um dos meus projetos atuais: “Para dar continuidade a este projeto de pesquisa em vídeo, penso enquanto desenvolvo a proposta para Florianópolis.
PROJETOS EM ANDAMENTO
Tenho desenvolvido o que chamo de vídeo deslocamento, que consiste em captar os lugares por ando percorro na cidade e marcá-lo no mapa.
Estou pesquisando a articulação entre corpo, vídeo e espaço como cotidiano. Este é um trabalho de pesquisa independente. Percorro as ruas de Florianópolis e documento tudo que vejo, os espaços por onde circulo, estendo eles ás pessoas, voltando ao lugar e remetendo-as ao endereço virtual daquele espaço. A imagem nunca acaba, ela sempre retorna. Ela é ela.
Posso te falar ainda de um outro projeto que estou realizando e que convidei o artista Pedro Teixeira, também aluno do mestrado na UDESC. Neste trabalho, farei uma abordagem em web arte, trabalhando em tempo real. Sobre este trabalho posso te transmitir o que escrevi:”Janice e Pedro reúnem suas pesquisas no campo dos processos criativos e resolvem criar o projeto Tatoonline. A proposta vem da união entre a linguagem do vídeo e da tatuagem e que culminouem uma necessidade de usar a rede como suporte de registro e de diálogo entre estes dois artistas e seus processos. Os artistas vão abrir em rede a transmissão da execução de uma tatuagem, que envolve a exposição e execução do corpo e suas possibilidades de grafismo, associados à possibilidade da transmissão da cena em tempo real. A intenção vai além da documentação do real e do corpo e aborda a discussão e o conceito de permanência em web arte. Assim como a noção de tempo que aborda a performance, em que a mesma vem de um histórico que nos remete também ao happening, a tatuagem é ainda um evento em si, mas seu vestígio é para sempre .A articulação entre o tempo real e o tempo que nos revela a permanência doinstante está presente nesta discussão. A web acaba por abrir esta discussão atodos aqueles que sentirem-se convidados pelas possibilidades de participarem deste momento, de serem os espectadores reais desta interferência de Pedro napele de Janice. A multiplicação deste instante através do registro aberto e simultâneo,a não permanência do momento, movido por uma ação dos corpos que não volta atrásestarão inseridos sob quais paradigmas da web arte ?


PERSPECTIVAS: A ARTE NO SUL DO BRASIL
Acredito que a arte no Sul do país ainda busca a verdadeira identidade e espaços de circuitos de arte e cultura com QUALIDADE , pois como estar situado tendo e vista uma constante europeização e norte americanização do conceito em arte? Sou da opinião de que o artista nunca se acorrentou a isso. Percebo que estas influências foram necessárias para que os artistas pudessem dialogar com o mundo, sem fechar-se ao domínio cultural, pois a necessidade da arte é sempre maior e independente das amarras políticas em que possam estar inseridas. Existem, mas há sempre a luz (da arte) no fim do túnel. Os artistas sempre subvertem á ordem, ou por instinto,negação e adequação (ha, ha, ha!). Não importa, o fato é ainda lutamos por um reconhecimento da arte latinoamericana e seu diálogo justo com o resto dos pólos e centros culturais em termos de qualidade e investimento . Acredito que isto acontece, ou desponta para acontecer quando me deparo com iniciativas como a Bienal do Mercosul, Itaú Cultural, o Prêmio Sérgio Motta, FILE, entre outras iniciativas nacionais que captam artistas e novas tendências. Bem na verdade, acho que os artistas caminham em direção uns aos outros, o que acho bom, pois o planeta tem ficado cada vez mais possível com iniciativas de aproximação. Experiência com a da coordenação de montagem na Bienal do Mercosul 2001 e 2003 me deu a possibilidade de entrar em contato com diferentes artistas, curadores, e o panorama da arte latioamericana, o que me aproximou da diversidade e da permanência de valores muito distintos em cada linguagem.


TERRITORIOS RECOMBINANTES
Sobre os Territórios Recombinantes, te digo que esta mobilidade do projeto me atrai. Me remete sempre á afirmação adaptada de que ” o artista vai aonde o povo está”. É muito bom perceber o Prêmio Sérgio Motta e todas suas nuances de deslocamentos e abrangências, como podemos ver nos diferentes projetos do Prêmio. Encontro nas iniciativas do Prêmio Sérgio Motta a possibilidade de ver contemplados os mais diferentes trabalhos de todos artistas contemporâneos a mim, todos latioamericanos. Sinto -me conectada ao mundo ao perceber os ecos de minha obra na de outros artistas e vice e versa, em nosso dia-a-dia e nas dicas que Dani, Duval e Tiago nos deram. Na prática pude perceber que, embora tenha entendido do TR “mudanças de paradigmas na apresentação do projeto”, de ser um “bate papo informal”, desde a forma de montagem do espaço para os TR, algo me soou contrário a tudo isso, quando vi as possibilidades do encontro poder remeter a uma grande “banca de graduação”, onde todos são avaliados, ouvidos exaustivamente pela “banca”, pois é o risco que podemos correr em iniciativas em que o saber pode ser medido ou mensurado. Em nenhum momento quero estabelecer aqui uma crítica negativa, pois realmente acho que o TR funciona, mas é preciso estar preparado e acho que todos os selecionados estavam. O espaço do TR possibilita que artistas se cruzem, vejam um o trabalho do outro, possam acrescentar novos valores ao seu discurso, especular novas possibilidades e até mesmo fechar incoerências. Não acredito que uma instuição possa dar ao artista aquilo que ele não queira pois a autonomia da ação em arte é com certeza uma natureza, sobretudo natural, animal, indomável. Acredito que é o interesse que move o artista adiante, que o território é instável, modificável, inconstante, evolutivo, situacionista (como a Internacional Situacionista, hi, hi, hi !). Gosto de embarcar nesta nau, percorrer este terrítório e recombinar-me sempre.
Acho que as experiências que tive me deram condições de diálogo em arte, o conhecimento de espaços, estruturas burocráticas, populações e comunidades, artistas, curadores e toda gama que compõem nosso sistema de artes visuais, cultural e social neste aspecto. O vídeo é meu trampolim, de onde vou partir para diferentes saltos.


24-10-2008






Edital do I Prêmio Gaúcho de Arte Eletrônica






Atenção: INSCRIÇÕES PRORROGADAS ATÉ DIA 20/10/08
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, mudam-se os suportes, mas será que mudam-se as artes? O objetivo do Prêmio Gaúcho de Arte Eletrônica é descobrir e reconhecer o trabalho de artistas locais que começam a experimentar novas formas de arte utilizando os meios eletrônicos e digitais. Nesta primeira edição, serão premiadas as categorias Artes Visuais Online, Narrativa Online e Cartum Online. A idéia é a cada edição trazer novas categorias, promovendo um rodízio que incentive tal produção em todas as artes, em todo nosso Estado.
1 – Da inscrição

Para concorrer ao I Prêmio Gaúcho de Arte Eletrônica o artista deverá se cadastrar gratuitamente no portal www.artistasgauchos.com.br e depois clicar no banner do prêmio para inscrever seu trabalho. Cada artista poderá inscrever até 3 (três) trabalhos. Serão aceitas, também, inscrições de grupo.

A inscrição é gratuita e o prazo de inscrição é do dia 22 de agosto de 2008 até 10 de outubro 2008.
Para cadastrar-se no portal Artistas Gaúchos é preciso que o artista seja nascido ou resida no Rio Grande do Sul. Casos excepcionais serão avaliados pelos editores do Portal.
2 – Das categorias
O artista poderá inscrever seu trabalho em apenas uma das categorias, Artes Visuais Online, Narrativa Online ou Cartum Online.
Na categoria Artes Visuais Online serão avaliadas a qualidade da composição e a originalidade do uso das tecnologias eletrônicas/digitais para a criação da obra.
Na categoria Narrativa Online serão avaliadas a qualidade do(s) texto(s) e a originalidade do uso das tecnologias eletrônicas/digitais para a criação do(s) texto(s).
Na categoria Cartum Online serão avaliadas a qualidade do traço e a originalidade do uso das tecnologias eletrônicas/digitais para a criação do cartum.
3 – Da votação

A Comissão Julgadora selecionará 3 (três) trabalhos em cada categoria para concorrer ao Troféu Adriana Xaplin.
Os trabalhos escolhidos em cada categoria serão veiculados no Portal Artistas Gaúchos e escolhidos por votação entre os próprios artistas cadastrados no Portal. Cada artista cadastrado receberá um email com a solicitação de seu voto, e poderá votar apenas em 1 (um) trabalho por categoria e uma única vez até o dia 15 de novembro de 2008.
Não serão aceitos votos de artistas que não estejam cadastrados no Portal Artistas Gaúchos, cujo critério para cadastro está definido no item 1.
4 – Da premiação

Os primeiros lugares de cada categoria receberão o Troféu Adriana Xaplin, desenvolvido exclusivamente para o Prêmio Gaúcho de Arte Eletrônica, e um selo para inserir no seu site. Segundo e terceiro lugares receberão selos para inserirem nos sites.

Os troféus dos ganhadores serão entregues evento de comemoração do primeiro ano do portal Artistas Gaúchos, a ser realizada em novembro de 2008.

Mais informações www.artistasgauchos.com.br

16-10-2008





DIÁRIO OFICIAL DIA 06-10-2008


É Publicada a habilitação do Projeto Pontes de Sanfonas de Renato Muller para a seleção final no FUMPROARTE .


O Resultado final será divulgado entre novembro e dezembro deste ano.








06-10-2008





Entre mais de 300 inscritos, a Acttus Produtora foi seleciona para participar da Rodada de negócios do projeto Imagem & Comprador. O projeto é desenvolvido pela oscip paulista “Brasil – Música & Artes” (BM&A) e pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil).



Rodadas de negócios

Foram indicados para as rodadas de negócios, pela BM&A, os seguintes produtores/artistas: Acttus Produtora; Adriana Deffenti; Blush; Cholly Music; Cultor Produtora; Café Com Leite (produtora/selo); Damn Laser Vampires; Delicatessen; Escritório de Produção Marilourdes Franarin (produtora); Finotrato (produtora); Gilberto Oliveira; Híbria; Karine Cunha; Lado Inverso (produtora); Luciana Pestano; Marisa Rotemberg; Marquise 51 (produtora); Patrícia Vianna; Pop Club Produções; Procura-se Quem Fez Isso; Redoma; Reverso Revólver; Tom Bloch.









Seminário de exportação da música

As palestras com os compradores e profissionais de mídia estrangeiros serão realizadas no dia 17 de agosto, das 14h às 17h no Teatro Dante Barone. Será oferecido equipamento de tradução simultânea. Participam da mesa os compradores de música Brent Grulke (South by Southwest/EUA); Jonh Bissel (trilha sonora/EUA); Olivier Lacourt (French Export Bureau/França); Neil Mowat (Better Days, The Tennents Mutual, Troca Brahma/Reino Unido) e Mark Gartenberg (Festival Anual de Música Arezzo Wave, selos da Ásia e África, Timbuktu International – V2/EUA) e Gene de Souza (jazz, mpb Café Brasil Rádio Show, Rhythm Foundation/EUA/Brasil). Também farão palestras os profissionais da mídia Tracy Mann (MG Limited/EUA), Jody Gillett (Free Associates/Reino Unido), Jim Carrol (Irish Times/Irlanda) e Alex Robinson (fotógrafo de editoriais/Reino Unido).








Recordes de público

Ao todo, foram inscritos 358 trabalhos de artistas e produtores gaúchos, num recorde absoluto entre todas as edições do projeto no País. De acordo com os consultores da BM&A, David McLoughlin e Michel Nicolau, os recordes também foram quebrados no que se refere à presença de público nas atividades preparatórias. No evento realizado no dia 11 de junho, que contou com a presença dos consultores, circularam mais de 500 pessoas no Teatro Dante Barone. Na segunda atividade, mais de 300 pessoas lotaram o Átrio do Santander Cultural no dia 16 de julho para ouvir Marcos Borghetti, Ilton Carangacci, Dedé Ribeiro e Paola Oliveira, produtores gaúchos que acumulam experiências internacionais.

De acordo com o deputado Zülke, o projeto é contínuo e seus resultados não se esgotam com as rodadas de negócios e os showcases de agosto. “Temos a informação de que a BM&A ficou impressionada com a qualidade da nossa produção musical e que está formando um banco de dados com os trabalhos inscritos, que continuarão sendo recomendados para o mercado internacional”, adianta o deputado.

Para David McLoughlin, o ponto alto do projeto é o seminário, porque representa uma rara oportunidade para que os artistas de cada Estado aproximem-se dos profissionais do mercado internacional. “O papel da BM&A e de nossos parceiros em cada região brasileira é de abrir as portas, indicar as oportunidades, estimular o intercâmbio de contatos e de conhecimento entre a produção local e possíveis clientes internacionais e, principalmente, a profissionalização do ramo independente”, justifica.




EXPORTAÇÃO DA MÚSICA

Palestras gratuitas com convidados estrangeiros integram a programação do Imagem & Comprador, dias 16 e 17, em Porto Alegre

Pela primeira vez no Rio Grande do Sul, o projeto de exportação da música Imagem & Comprador será realizado no próximo fim de semana, dias 16 e 17 de agosto, em Porto Alegre, proporcionando o contato de artistas e produtores gaúchos com compradores de música e jornalistas estrangeiros através de palestras, rodadas de negócios e showcases.

O projeto é desenvolvido pela oscip paulista “Brasil – Música & Artes” (BM&A) e pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil). O Rio Grande do Sul entrou no calendário do projeto como resultado da articulação do Fórum de Economia da Cultura, coordenado pelo deputado estadual Ronaldo Zülke (PT) na Comissão de Economia e Desenvolvimento da Assembléia Legislativa. Apóiam a realização do evento o Sebrae RS, SESC RS e Santander Cultural. Os estabelecimentos que absorvem a grade de showcases também são apoiadores: Abbey Road, Porão do Beco, Sargent Peppers e Vitrine Gaúcha.

10-08-2008
  • LANGUAGES

    AGENDA


    Seguidores

    Visitas


    Counter